III Podemos falar do Brasil. Aviso aos poucos leitores desses pequenos ensaios que voltem aos anteriores, também aos intitulados “A Literatura de Cordel e a Influência Africana” e “A Trova e o Trovador” e ainda “Três Raças e Uma Musa”, todos estes partes da síntese das minhas pesquisas sobre as origens da nossa literatura popular em verso. Penso em mais alguns mini-ensaios, concluí-la. Vamos ao que interessa. Chegamos ao Brasil Colônia. Trataremos agora da matriz indígena, outra pouco estudada e citada pelos poetas acadêmicos de hoje, que querem tornar de origem puramente lusitana nossos versos populares. Na sua Síntese de História da Cultura Brasileira, o Mestre Nelson Werneck Sodré, escreve que “... os religiosos responderam, em parte, pelo bilinguismo do século XVI, pela existência de uma língua, dita “geral”, que era a do índio – e só isso comprova a força de sua contribuição cultural – ao lado da língua oficial, o português; de uma língua popular, em contras