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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Cantiga Natalina

O natal de Deus menino Com um anjo querubim Sem enfeite p’ro presente É feliz do início ao fim Pois é só mais uma festa E na festa faz assim... Tem tem... din din... tem tem... din din O Noel que não é Deus Mas se diz papai também Dá presente p’ra quem compra Mesmo o vinho do armazém Sem as luzes pisca-pisca No natal de quem não tem. dim dim... tem tem... dim dim... tem tem Que salve salve o Noel O estoque está bem no fim Mas gente que ganha pouco Compra presente ruim O natal é solidário Sendo assim se compra sim... Din din... tem tem... dim dim... tem tem No natal de Deus menino... No natal d’aquele alguém No natal de Deus menino... No natal de quem não tem No natal de Deus menino Dobra o sino de Belém... dim dim... tem tem... dim dim... tem tem

Madrigal

O que se faz do tempo Se o tempo só separa... A jabuticabeira, A mesma d’olhos negros de criança, Os homens derrubaram. O que se faz no tempo Se o tempo que aproxima... Basta a jabuticaba Ser plantada de novo nesse chão, Para quando vier o céu que chora, Germinar num sorriso... Jabuticaba minha ... A jabuticabeira.

Rema a rima rimador

Poeminha sem rima Desço Os Aflitos aflito... Bem antes do sol se ir, Fiz um poema p’ra lua Que só apareceu na noite.             Hoje vou falar da rima. Rimar na prosa é em geral defeito estilístico. No verso a rima tem função melódico-harmônica e mnemônica. Como não cheguei ainda a tratar da melodia, tampouco da harmonia do verso, tratarei a rima como noção intuitiva. Só chegarei rasteiramente às noções didáticas. O blog segue essa sequência de oficina p’ra iniciantes, e caso não morra, chegarei aos devidos aprofundamentos dos temas. Assim, para melhor compreensão, o leitor deve sempre retornar a postagens anteriores.             Feito o preâmbulo prosseguiremos.             “Rima é a uniformidade do som na terminação de dois ou mais versos” disse o mestre Bilac em seu tratado. No mesmo, o mestre diz que “os árabes da Espanha transmitiram o uso da rima aos trovadores de França; mas, antes disso, já ela tinha sido usada pelos poetas francos” em seus