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Mostrando postagens de junho, 2010

Cai cai balão... cadê meu São João...

          Começou os festejos juninos e momento de festa não é de reflexão. Além dos festejos, a copa do mundo toma todas as conversas analíticas nos bares da capital e do interior. Então, o correto era falar sobre o São João da Copa, como o futebol e o forró fazem parte da cultura nacional, como o imaginário popular é de todo tomado por esses fundamentos da nossa cultura.      Mas vamos subir o rio...      Fala-se muito da modernização do forró: forró universitário, forró eletrônico, arrocha e coisa e tal. Fala-se: tradicionalistas, forró pé-de-serra, forró erudito e tal e coisa. O que está por trás e pela frente de tudo isso é a crescente profissionalização do setor e a descaracterização das tradições populares.      O produto que nos apresentam todo dia.      Sem muita reflexão percebemos no São João antigo, comparado com o atual, dois elementos de suma importância na formação moderna de nossa cultura. Na música - o Choro, na literatura - o Cordel. O Choro foi e é a música

Por fim um soneto...

Soneto da Despedida                       “E ondas seguidas de saudade,                        Sempre na tua direção,                        Caminharão, caminharão,                        Sem nenhuma finalidade.”                                          Cecília Meireles Nosso amor não nasceu na poesia Nem morrerá com chuva após o vento, Também não morre assim nossa alegria Nesse leve afastar tão terno e lento. Só não há mais fim, digo fim do dia Em que esperamos sós um sentimento, Como as ondas dum vem, dum vai, dum ia, Trazendo a paz, levando o rompimento. Nesse vento que traz chuva morria O que só ficou só no pensamento... O amor não ergueu firme engenharia. Com o vaivém das ondas, nosso acento Será o seu sem nenhuma fantasia, E meu verso, confesso, mais atento.