Gira Mundo
Foto: André Costa Coscarque |
O efêmero da fêmea
embriaga
Vou eu nos descaminhos
desses versos
Se nesse mundo de hoje
nada presto
Empresto um pouco à noite
a beleza...
Transpira feito dança
a alegria
Um tanto de embriaguez
nunca mata
Outro tanto a negritude
sempre passa
O que dela tem no jeito
que balança...
A imagem é só parte
desse todo
Faz da Terra o mesmo
gira a gira
Levanta a boemia
sonha zonza
Quem sabe o mundo acorde
noutro dia.
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