O Corpo do Verso I
Quando o caso é extenso melhor dividir em partes. Em outro pequeno ensaio postado aqui falei do ritmo poético*. Prometi falar da métrica. Aconselho aos navegantes retornar a ele. Não que se trate de assunto difícil, mas é que a ordem do dito aqui pode alterar o produto do lido aí. Como não tenho cumprido muitas promessas feitas nas postagens anteriores, sem muita demora vamos ao assunto. O ritmo é o espírito das palavras, o metro é o corpo do verso. Ou, academicamente falando, o metro é o modelo, a competência da qual o ritmo é a realização individual, o desempenho, a performance. No mesmo metro existe vários ritmos. Existe o mesmo ritmo em metros diferentes. E isso serve tanto pros poemas de verso dito livre como pros de métrica silábico-acentual. Fiquemos somente com o último. A métrica utilizada nos poemas populares geralmente é internalizada de maneira intuitiva. Passa de pai pra filho, de adulto