Acho que fiz outro soneto...

Sombra do meio-dia


Como seu andar distrai, me dá prazer,
Destrói o que tem em mim de desumano,
Na sombra dum céu cinza me faz ver
A natureza clara noutro plano.


Assim, sem salto, posso perceber
As curvas que seu corpo faz, sem dano
De nessas curvas minha mão perder
Seu detalhe escondido em cada pano.


E despido de orgulho vai meu ser,
Beijar a flor que brota sem engano
De no néctar dessa flor deter,
Apenas numa, toda estação do ano.


Mas pobres rimas não vão descrever,
Que agora deixa são... me deixa insano.

Comentários

Anônimo disse…
Que perfeito, esse soneto, Osmar!!! Lindo demais!!!
Parabéns mais uma vez!! *-*

Beijos, Bella

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