Acho que fiz outro soneto...
Sombra do meio-dia Como seu andar distrai, me dá prazer, Destrói o que tem em mim de desumano, Na sombra dum céu cinza me faz ver A natureza clara noutro plano. Assim, sem salto, posso perceber As curvas que seu corpo faz, sem dano De nessas curvas minha mão perder Seu detalhe escondido em cada pano. E despido de orgulho vai meu ser, Beijar a flor que brota sem engano De no néctar dessa flor deter, Apenas numa, toda estação do ano. Mas pobres rimas não vão descrever, Que agora deixa são... me deixa insano.