E o Que Fica São Ruínas
Foto: Luna Oliveira Barco das ruínas Daqueles amores, De tudo que fores Das coisas divinas, De todas as sinas De nossas memórias, Das velhas histórias É sendo passado Dum futuro atado Nas antigas glórias. Porém noutro lado Se se faz presente, Faz-se assim ausente No não navegado, No que não pescado Deixou para trás, No não foi capaz De ser resolvido, No tempo vivido Das vidas demais. Da vida marinha É barco do parco, Sobrevive a charco De quem o adivinha Quando ainda vinha Com toda a beleza E toda a tristeza, Que também é bela, Destroços daquela Já não mais acesa.